domingo, 20 de setembro de 2009

"O nada não ilumina, não inspira, não aflige..."

É um bem inexplicável ter nos braços, sentir o laço que une inflamável, daquilo que não se pode mais ter, daquele que foge da realidade, um sonho.
Estar preso a algo vivido, não poder ter o presente recebido; o presente é inquieto e cruel para quem já teve a oportunidade de permanecer presente ou ausente, dependendo do olho que vê, na vida de tantos outros.
Falta o que muitos chamam de "arriscar", mas sobra o que pouco têm: "consciência" de um futuro seguro, ter na mente que viver está muito além de respirar e pular no surpreendente abismo que não se conhece; saber que deitar e fechar os olhos e ainda ver o que ninguém viu é um prazer tão grande quanto qualquer outro.
Fazer do sonho realidade é ainda um sonho que não se sabe interpretar; falar sobre a vida é nem ao menos entendê-la.

(era para ser um dissertação com base no poema "Quase" de Luís Fernando Veríssimo, mas ficou poética, por motivos externos... Como primeiro texto aqui, já mostrando o que de fato quero, poesia meus caros, poesia!)

2 comentários:

  1. Fantástco dona Gi!
    "o presente é inquieto e cruel para quem já teve a oportunidade de permanecer presente ou ausente, dependendo do olho que vê, na vida de tantos outros."
    que grande filosofia essa ein!adorei as palavras,vou te linkar no meu pequeno blog,corre lá!

    beijões poetisa :D
    fiquei com orgulho agora ein!

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  2. Com certeza é um enorme avanço desde aquelas cartas e letras da Legião urbana...rs
    Se não foi uma mera impressão, você está se fazendo entender perfeitamente atrvés de suas palavras. A minha incerteza quanto a isto, é que vocês poetas nos oferecem sempre mais do que compreendemos...

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