quarta-feira, 12 de março de 2014

Eu queria que você soubesse,
você que pode ser vários,
soubesse tantas coisas,

Que cada um,
cada pedaço que a mim pertenceu,
ficou sem um fim,

Vagou numa certa saudade,
certa dor,
com a história pairada,

E penso em todas as pessoas,
todas que dilaceraram meus sonhos,
meus sentimentos,

Saiba você,
sem fim,
com dor,

Que já me perdi,
no sentimento sentido,
se era ódio ou amor,

Quero que sinta,
que finja,
que não esqueça.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

o que aconteceu?
a boca secou
a mão quebrou
a cabeça parou

ou não há o que dizer
ou não há o que escrever
ou não há o que pensar
eu não vi nada acontecer!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Luiza dormia

Mais parecia uma boneca,
Luiza dormia e se esquecia
ou alguém a esqueceu
num repouso longo

Por muito, sentiu fome e frio
Luiza agora está de volta
sem pressa, sem medo
vive sem saber quanto tempo leva para viver

_ agora que voltei, não quero partir
quero acordar e ficar
tenho algo por fazer

_ minhas horas parecem dias
longa a estrada por onde corro
ainda sou menina e não quero crescer

domingo, 3 de outubro de 2010

Dama da Noite

as flores dormem no verde frio das noites azuis e escuras
pequenos seres saem e dançam as mais perfeitas estrelas
depois morrem por pequenos suspiros de outros seres
mas renascem ao acordar das flores no dia amarelo e quente

fadas de asas cintilantes transparentes
em cada flor que se abre
deitam e descansam
para uma outra noite estrelada

quado tudo se descobre as flores param de dormir
transformam-se em obeservadoras noturnas
e vêem os pequenos seres dançando

e assim, mais uma noite verde fria, azul escuro e amarelo quente,
[e tudo se ilumina
e passam de obsevadoras, pequenas flores
e agora são as estrelas da noite, as damas da noite.


instantâneo e ao som de Kashmir..
(um texto antigo.. dez./2007)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Luiza de Soneto

Luiza tem os cabelos cacheados
feito seus pensamento enrolados
passos levemente atordoados
assim vai para todos os lados

Luiza pensa como o dia estava bonito
imagina como deve ser o infinito
e vê que amar é esquisito
mal sabe um mosquito

Luiza já não sabe o que pensar
não sabe o que amar
e nem por onde andar

Luiza senta
lamenta
e... Luiza; imaginar? Tenta!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Novembro

Escuto apenas reclamações
a cada instante,
a cada conversa.
Não quero ser como aqueles
que reclamam, porém
preciso desabafar
descarregar o fardo pesado,
o peso árduo
das palavras soltas
que entram em mim
e não me fazem crescer
elas querem é me aborrecer
me cansei de vocês!

Soneto

Quero transpor a dor
que traz cada flor
quando sente que cada homem
esquece do que é o amor

Quero transpassar a flecha
que deixa uma brecha
no coração para o bem
assim não se fecha

Ea a dor escorre
elimina-se o veneno
e a flor é dada a alguém

E o amor corre
sem destino vai ser eterno
e ver quem diga: Amém!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Mundo Mágico do Poe

Talvez fosse um lugar além de Edgar Allan Poe
Ou uma forma de transmitir energia elétrica usando o próprio cabo de rede
Power over Ethernet, cada um num século
nenhum se encontrou, um não sabe do outro

mas eu os uso, para criar o meu simples
o meu simples verso, nada conservador
nada científico, nada específico
vivo apenas num mundo longe

um poema esquecido nos rascunhos!



sábado, 7 de novembro de 2009

Das mil flores roubadas
que vos trago pinto a vida,
de um modo em que
agradeço por poder vê-las
e alegrar-me com isso.
Faço do meu dia
um repleto arco-íris, uma aquarela
bagunçada, uma tela à óleo
que pintor algum em um dia
sonhará em pintá-la,
pois não entenderá a abstrata
arte que tenho em desenhar
a tristeza e o negativismo,
que vem das cadeiras sentadas
diante de vós, em sorrisos e sentimentos
pensamentos, produtivos, positivos.

um poema esqueciso nos rascunhos!

Poema

O poema que me faz bem
é aquele que não se entende
aquele que confunde e esconde a verdade
Antes me prenderia em datas,
mas agora eu vejo o texto
que vale por toda existência das palavras

Saudades

De não saber daquilo que se sente
De não sentir o que se sabe
Inserto e seguro o que vem
Sem ver o que os outros vêem
Como são suaves os sentidos dos sentimentos
Como são salgados do saber
E são, assim como vão
São presentes e em vão
A saudade suicida
Que vaga no precipício.
E quero te escrever
as mais completas páginas

de sentimentos, mesmo quando
as letras, unidas, terríveis palavras!,
me fogem a mão,

me pertubam o pensamento
e não falam a minha língua.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Queria poder ter asas
poder ser um pássaro
como não posso voar
com meus próprios pés
embarco no meu zepelim
eletrizante voador
com vista para o mar e
piscina no quintal
sem medo de subir
sem coragem de voltar

Luiza Tom

Vou te roubar,
roubar aquilo que está escondido
o que nem você sabe onde esconder

Roubar teu delírio,
num momento insano e
de traição comigo

Querer o que não se pode ter
ser sem saber o que se é
que poeta sou, quando deixo de ser...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

SerMente Fictícia Vida

Saio por alguns instantes dessa sua realidade, torno-me um ser ainda a ser descoberto, nu e cru, peço-te uma veste, pois este ser descoberto precisa aquecer-se ao fogo de sua mente nua e crua, ser sem saber realmente o que ser, tais pensamentos ainda não descobertos por mim, tiro-te aquilo que revesti a alma, trago-te para dentro da minha realidade que ainda esta fora do real, enquanto escrevo, sorrio num ‘flash’ de segundo da maquina que registra tal prazer em saber que o que é realmente real é o que nos faz pensar absolutamente tudoenada do que ninguém realmente pensou, o que mente para mim é o que esta na mente de todos os seres, fazeres, teres, saberes, cantares, falares, sonhares, rires, chorares, seres, que pensam, voam, nadam, andam, flutuam, deitam, levantam e escrevam aquilo que realmente querem escrever, aquilo que todos têm medo de escrever, como o pequeno ser que esta aqui simplesmente para ser vivo, presente, falsa ilusão, que nos condenam, pequenas pessoas que não vão entender se quer, ou não quer, a primeira linha deste conflito fictício e real dos seres presentes, não entenderão do meu prazer por estar presente e ativa mente na mente que por si só mente a mim, mente a ti, mente minha que não para por um segundo, pensa e já escreve as mentiras de uma mente que mente a ti, mude de ares os seres pedem, mude o viver meu ser te pede, compreende-me pela metade, já me basta, já que a outra metade me pertence, assim compreenderás por inteiro tudo aquilo que eu não quis te dizer, mas que no fundo precisava dizer, meu ser estar presente é confuso e obscuro, como as luzes que se ascendem, quando as estrelas resolvem surgir no céu escuro, tão perfeitas e quietas a milhas da minha mente inquieta que não deixa minha mão parar de escrever, como se minha mente estivesse em minha mão e minha mão em minha cabeça coçando-a confusamente.

Um texto publicado no outro blog, mas é um dos meus favoritos, por isso está aqui...

domingo, 20 de setembro de 2009

"O nada não ilumina, não inspira, não aflige..."

É um bem inexplicável ter nos braços, sentir o laço que une inflamável, daquilo que não se pode mais ter, daquele que foge da realidade, um sonho.
Estar preso a algo vivido, não poder ter o presente recebido; o presente é inquieto e cruel para quem já teve a oportunidade de permanecer presente ou ausente, dependendo do olho que vê, na vida de tantos outros.
Falta o que muitos chamam de "arriscar", mas sobra o que pouco têm: "consciência" de um futuro seguro, ter na mente que viver está muito além de respirar e pular no surpreendente abismo que não se conhece; saber que deitar e fechar os olhos e ainda ver o que ninguém viu é um prazer tão grande quanto qualquer outro.
Fazer do sonho realidade é ainda um sonho que não se sabe interpretar; falar sobre a vida é nem ao menos entendê-la.

(era para ser um dissertação com base no poema "Quase" de Luís Fernando Veríssimo, mas ficou poética, por motivos externos... Como primeiro texto aqui, já mostrando o que de fato quero, poesia meus caros, poesia!)